Despedida

Uma concha no formato de caminhão
Se abriu na praça do centro da cidade
Gerou muita polêmica, mas
Guardei uma flor em seu seio de despedida

Espera o ponteiro voltar e a flor ainda estará ali
As pombas da paz terão voado
Em mares de setembros
Mas um pedaço do tempo é eterno
Espero anos inteiros
Calendários jogados fora
Fazendo contas relativas
Medidas, memórias
Minha flor nunca muda de lugar
O ponteiro dá suas voltas
E tudo que é agora
Se despede amanhã

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